antes de confessar que daria minha vida por você,
você a tirou de mim.
tive que perceber sozinha o porquê de não me sentir segura para te confessar isso em primeiro lugar.
você roubou meu riso,
minhas lágrimas,
levou minha alma, minha vida
e preferiu ignorar meus sentimentos
(eles nunca valeram nada pra você?)
então, por favor, olhe para minha alma e veja.
veja o quanto eu fui machucada no passado - e o quanto isso me dói até hoje. e veja também que eu estou implorando para que você fique.
eu tinha uma mania de querer escrever jeito com g.
e você insistia em me corrigir dizendo que o certo era com j.
então eu aprendi a escrever jeito certo, porque gostava do teu jeito e queria te contar isso. mas do jeito certo.
acabou que hoje em dia eu sei escrever jeito corretamente,
mas você já não tá mais aqui.
acho que meu jeito te assustou.
[volta por favor, to com saudade.]
será que se eu começar a escrever jeito errado de novo, você volta nem que seja pra me corrigir?
e eu me odeio.
e eu quero socar meu rosto.
e eu poderia bater inúmeras vezes minha cabeça contra a parede.
e a raiva é crescente dentro de mim.
e eu quero chorar.
e eu só consigo pensar que tudo isso é culpa minha.
por que, céus, a quem mais eu posso culpar pela minha infelicidade?
deveria ser eu quem controla minha vida e minhas emoções, não um sentimento estúpido que nem deveria existir.
então você chora,
mas escondido
e baixo.
no seu recanto, encolhida no canto da sua própria cama, por dentro sangrando, mas ainda aguentando.
calada.